Refutações contra a equação: Ø filho ↑economia = felicidade
No subtítulo da reportagem da revista Veja do dia 30 de Julho de 2008 intitulada Cadê os Bebês já vemos a ideologia que está por detrás: “Com a taxa de fecundidade em 1.8 filho por mulher, a população brasileira cresce mais devagar. Isso melhora a renda e o padrão de vida no país”: Isso só faria sentido se fôssemos todos capitalistas e ateus, o que não é o caso do Brasil, graças a Deus.
• A reportagem segue e diz: “quando a taxa de fecundidade de um país cai abaixo do patamar de 2,1, a população cresce em ritmo cada vez mais lento e, depois de duas ou três décadas, passa a diminuir de tamanho. É o que vai ocorrer com o Brasil.” Bom, não somos deuses, fazemos aproximações e então poderíamos dizer: “é o que normalmente acontece”. Mas isso pode mudar, porque esta não é uma lei inexorável que o destino preparou: depende de cada uma das nossas decisões do “hoje” em que vivemos.
Como diz o Papa Bento XVI, falando sobre a diferença do progresso material e moral da sociedade: “devemos constatar que um progresso por adição só é possível no campo material. Aqui, no conhecimento crescente das estruturas da matéria e correlativas invenções cada vez mais avançadas, verifica-se claramente uma continuidade do progresso rumo a um domínio sempre maior da natureza. Mas, no âmbito da consciência ética e da decisão moral, não há tal possibilidade de adição, simplesmente porque a liberdade do homem é sempre nova e deve sempre de novo tomar as suas decisões. Nunca aparecem simplesmente já tomadas em nossa vez por outros – neste caso, de fato, deixaríamos de ser livres. A liberdade pressupõe que, nas decisões fundamentais, cada homem, cada geração seja um novo início. Certamente as novas gerações, tal como podem construir sobre os conhecimentos e as experiências daqueles que as precederam, podem haurir do tesouro moral da humanidade inteira. Mas podem também recusá-lo, pois este não pode ter a mesma evidência das invenções materiais. O tesouro moral da humanidade não está presente como o estão os instrumentos que se usam; aquele existe como convite à liberdade e como sua possibilidade.”
Não é somente perigo de sermos tão burros - como nação -, de não enxergar o que está acontecendo na Europa, na qual os governos devem pagar para que as famílias tenham filhos, a não ser que queira que seus países desapareçam do mapa; e sim o grande perigo de usar a liberdade para construir uma cultura da morte, onde a vida, especialmente a vida “improdutiva”, segundo na terminologia capitalista, já não merece viver: os idosos e as crianças. Mas para enxergar este absurdo devemos ter pelo menos uma convicção: que a vida é um bem em si mesma e que estamos chamados a construir uma civilização do amor! E se para o ateu ela não tem sentido e para o capitalista ela só vale se produz lucro, para o cristão -que vive no mundo sem ser dele - a vida é valiosa por uma simples razão: foi comprada não com ouro ou prata, mas com o sangue precioso de Cristo!
Por último, contra os tristes exemplos de famílias que decidiram ter “um ou no máximo dois filhos”, proclamar a beleza inestimável da família numerosa é com certeza um escândalo nos dias atuas. E, no entanto, nunca foi tão necessário. Interessante notar como os filhos da única família numerosa - escolhida pela reportagem - dizem que querem ter no máximo dois filhos, pois não querem viver como seus pais, 'que tiveram 15 filhos e viveram num só quarto’. Gostaria de perguntar para alguns dos 15 se eles preferiam nunca ter nascido em vez de ter nascido e vivido até hoje. Sim, temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para acabar com a miséria, mas quão facilmente se critica os pais por causa de sua pobreza e rejeitam a sua generosidade ao aceitarem os filhos, mesmo sem a condição ideal que gostariam. Foge deste nosso simples artigo uma discussão mais profunda sobre “o problema dos pobres terem muitos filhos”, mas vale a pena também pensar na miséria moral de muitos ricos (não todos - lógico!) que, tendo condições materiais de ter uma família numerosa, escolhem ter poucos... ou nenhum filho.
A família cristã nada contra corrente - como sempre, quando é fiel à sua missão! -, pois sua meta não é que sobre “mais dinheiro para pais e filhos satisfazerem seus desejos de consumo”, como cita a reportagem, e sim colaborar com o dom mais excelso que nada pode comprar: a própria vida, que está chamada desde a concepção a participar da comunhão eterna!
Mas muito longe de ser Deus aquele a Quem devemos prestar culto, fica claro no artigo da revista como a economia é a “deusa” a qual deveríamos prestar o culto para sermos felizes. Ela, segundo a revista, é a que nos dá a referencia de como viver e da meta que devemos ter; daí a obsessão de colocar como exemplos famílias que –finalmente - longe de serem iguais aos seus pais, aprenderam a decidir ter - no máximo - um filho, já que o ideal é não ter nenhum! Tudo a ver com o capitalismo: cada um olhando para seu umbigo, vendo como satisfazer o seu ego, sem enxergar que se os seus pais tivessem usado o mesmo critério eles simplesmente não existiriam.
O Cristianismo proclama que a felicidade do homem não depende da abundância material. Alias, está pode se tornar facilmente motivo de perdição, pois sem critérios morais para o uso dos bens materiais, não existe montante deles que possa satisfazer o coração do homem, e sua ganância só aumenta. Mas se afirmamos, para escândalo de muitos, que a felicidade do homem não depende da abundância material, mais escandaloso é dizer que ela implicará em algum grau, algum sofrimento. Estamos tão cansados de escutar que a felicidade “é ter prazer e não sofrer”, que até mesmos muitos cristãos caem na armadilha deste falso pensamento. O Evangelho mostra que, quando a pessoa é generosa e abraça o Evangelho de verdade, haverá sacrifícios a fazer. Por exemplo, com a decisão de ter uma família numerosa os pais irão passar por muitos sacrifícios, e, no entanto, quando a decisão de ser GENEROSO parte de uma decisão madura, sua vida será feliz! Eis o paradoxo evangélico: quem dar a sua vida vai ganhar... e quem guardá-la vai perdê-la (e dar a vida dói)! Não estamos pedindo para o ateu e o capitalista compreenderem isso. Infelizmente eles vivem com o seu coração só na figura deste mundo que passa, mas para o cristão tudo isso deveria ser óbvio. Por isso, como católicos que somos, vamos colocar outra equação, já que a primeira é uma afronta à nossa vocação:
↑ Generosidade ↑Filhos = felicidade
A vida não é uma ameaça para um mundo melhor! A família numerosa não é uma ameaça para uma sociedade ser competente economicamente. A verdadeira ameaça é o egoísmo. E se o ateu e o capitalista se atrevessem a se perguntar se realmente a equação da revista Veja faz sentido, eles descobririam que não, pois como diz um grande convertido: "nosso coração foi criado para Ti e não descansa até que não descanse em Ti".
No final da reportagem da Veja com a capa “Cadê os bebês”, do dia 30 de Julho de 2008, lemos: “os resultados da pesquisa do Ministério da Saúde se chocam com as previsões do IBGE. Embora a taxa de fecundidade do país venha caindo desde os anos 70, o instituto previa que o índice de 1,8 seria alcançado apenas em 2043. O que provocou esta antecipação?” Para responder a esta questão as jornalistas vão buscar respostas nas diversas “transformações da sociedade”.
Uma delas é a crescente inserção das mulheres no mercado de trabalho e segundo a socióloga Cristina Bruschini “hoje as mulheres trabalham não apenas por necessidade financeira. Elas querem participar da vida do país”. Imediatamente surge a pergunta sobre a vocação da maternidade, pois seguindo este raciocínio somente quem trabalha “fora” participa da “vida do país”. Que visão superficial da maternidade e da “participação”! A melhor participação que alguém pode dar a um país é lhe entregar pessoas maduras, verdadeiros cidadãos cristãos. E não é esta a missão da mãe? Formar pessoas? É preciso revisar nossa vocação, nossos valores, nossas prioridades, para não sermos escravos de ideologias que, como veneno, vão impregnando nossa maneira de pensar, de agir, de ser! “Não vos conformeis com o mundo... para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”, exortava São Paulo (Rm 12,2) ” exortava São Paulo. Ah se fôssemos cristãos autênticos, esta nação seria de fato uma Terra de Santa Cruz! E o que estamos esperando para isso?
Por último a reportagem diz que a baixa taxa da fecundidade se deve ao “esclarecimento da população a respeito dos métodos contraceptivos”. Será? Será que a distribuição de cinqüenta milhões de pílulas e um bilhão de preservativos basta para “formar” os jovens, primeiras vítimas desta propaganda enganosa? Não é o aumento da gravidez na infância-adolescência fruto desta mentalidade? Temos que sair destas soluções superficiais pois a raiz do problema está, como sempre, na educação e neste caso em uma formação integral sobre a sexualidade para o homem e a mulher. E quem melhor do que a mãe para transmitir isso aos filhos?
O desconhecimento total da vocação matrimonial se vê na frase desta esposa, que falando sobre quantidade de filhos na reportagem, diz: “se tiver mais de um, meu marido me mata”. A própria reportagem diz de onde estas e muitas outras famílias tiram a motivação para pensar assim: “Os personagens de novelas discutem sexo e prevenção de gravidez – e nenhum deles costuma ter mais de dois filhos”. Ai de nós se estes pobres anti-modelos são aqueles que regem as nossas decisões.
Para o cristão a vontade de Deus é o seu guia, vontade refletida na vida dos santos, que sendo de carne e osso como nós, souberam responder ao chamado divino e se realizaram de fato! Eles sim nos devem inspirar! E a Patrícia e seu esposo mostram que isso é possível h-o-j-e!
Em vez da equação da revista Veja chegaremos a uma conclusão bem diferente: um país melhor e mais rico é fruto de pessoas que conscientemente e alegremente aceitam sua vocação, e a vocação da paternidade e maternidade tem a finalidade de formar não somente cidadãos, e sim santos, verdadeiros santos!
---
Nota da autora do blog: Quando a autora do artigo fala em "capitalistas" e "capitalismo", leia-se "capitalistas selvagens" e "capitalismo selvagem", de vez que a Igreja NÃO condena o capitalismo, mas apenas a sua distorção contrária à dignidade da pessoa humana.
PERSONA Y MODA, EL SENTIDO DE LA ELEGANCIA
Autor: María Jesús Prieto López
[Conferencia pronunciada en el Corte Inglés,
León, 11 de noviembre 2009]
Fuente: Arvo.net, 18.11.2009
El vestido, además de responder a una necesidad natural de cubrir el cuerpo, es también una manifestación de la cultura de un pueblo, a través de la moda podemos adivinar la sensibilidad de una época y su visión del hombre.
Moda es el estilo más aceptado en el momento. Por ello quien ajusta su imagen a la moda garantiza una mayor aceptación social. No es un fenómeno exclusivamente femenino, el varón también sigue los dictados de la moda.
Nos vestimos, nos adornamos para los demás y elaboramos la imagen que queremos ofrecer. La imagen sirve para identificar a la persona en el primer contacto que tiene con otro. Este fenómeno se aprecia con claridad si pensamos qué ocurriría si un joven perfectamente trajeado se acerca a un grupo “heavie” con el propósito de ser aceptado en la tribu.
No solo los denominados “pijos” siguen la moda; me atrevería a decir que los “punks”, los “hippies”, los “rockers” los “raperos”, los “lolailos”, los “siniestros” -una de cuyas variantes son los “góticos”- y otras tribus urbanas se someten rígidamente a las normas de una moda alternativa para ser aceptados por los de su propio grupo.
La moda es el estilo más popular, pero moda y estilo no son sinónimos. Estilo es el conjunto de características que individualizan la tendencia artística de una época. Coco Chanel dijo: “la moda pasa, el estilo es para siempre”. Podemos distinguir el estilo de los años 40, de falda ancha y chaqueta entallada a la cintura; el de los 50, con los vestidos a la rodilla y cintura de avispa y el “nuevo look” de trajes de falda y chaqueta ajustados al cuerpo, que impuso Chirstian Dior o los Chanel de falda estrecha y chaqueta con bolsillos ribeteados con cadenas; los 60 con vestidos angulares de Courréges y el triunfo de su minifalda y la, aun más corta, de Mary Quant; los 70: zapatos altos de plataforma y vestidos entallados, tejidos de lycra y trajes más claros para los hombres, moda “disco” que refleja la película “Fiebre del Sábado Noche”; los 80 es una década de exuberancia, grandes collares, pulseras, chaquetas holgadas con hombreras pronunciadas, faldas tubo, chalecos, minifaldas que convivieron con trajes de cortes perfectos para la mujer trabajadora. Los 90 redujeron los volúmenes y se ajustó la ropa al cuerpo de la mujer, los jóvenes se vistieron con pantalones grandes, deshilachados y rotos. El jean permaneció casi inmutable.
Actualmente se mezclan los estilos y se rescata la moda de épocas pasadas, es el estilo “vintage” que inauguró Julia Roberts cuando eligió para la noche de los Oscar de 2001 un vestido de la colección de alta costura de Valentino de 1992. Se trata normalmente de prendas de segunda mano que se modernizan combinándolas con las nuevas tendencias, añadiendo hebillas, botones, encajes, etc… y logrando un look nuevo.
Para entender la importancia del vestido más allá de la necesidad de abrigo hay que detenerse en ¿qué es el hombre?. Es evidente que el hombre no es solo el cuerpo. No vamos a profundizar ahora en el concepto de persona, nos basta observar al hombre, sus actos para descubrir que hay en él algo real, distinto e irreductible al cuerpo y a la psique, algo que pertenece al ámbito espiritual y que convierte a cada uno en un ser distinto a los demás, único e irrepetible. Pero esta realidad espiritual, a la que denominamos persona, no está disociada del cuerpo, sino que constituye con él una unidad sustancial, somos persona corpórea o, si lo preferís, cuerpo personal. No es que tengamos cuerpo, somos cuerpo. Esa persona única e irrepetible se expresa necesariamente a través del cuerpo que "es".
Lo que caracteriza a la persona es la necesidad de relacionarse, de vincularse con otras personas porque en el espejo que representa el otro, la persona descubre sus semejanzas y diferencias, se descubre única, distinta. Si el hombre no se relaciona y se observa solo a sí mismo se convierte en el Narciso de “Las Metamorfosis” (P. Ovidio Nasón) que enamorado de su belleza solo se contemplaba a sí mismo y perdió su condición humana para convertirse en flor. Sólo hay un sentimiento que satisface la necesidad del hombre de unirse con el mundo sin perder su integridad ni su individualidad; este sentimiento es el amor, no me refiero ahora al amor sexual sino a la aceptación del otro.
Descubrir que somos personas es descubrir que tenemos intimidad, que somos mucho más de lo que conocemos de nosotros mismos, nuestro “yo”-el concepto que nos hemos formado de nosotros- es solo la puerta a nuestra intimidad, que es irrestricta, está llamada a crecer sin límites.
Esa persona que somos al mostrarse a los demás debe hacerlo de manera que respete su intimidad y la del otro; es aquí donde surge la necesidad del pudor.
La vida en sociedad obliga a manifestarse respetando a los demás. A veces las mujeres ignoramos que estamos agrediendo al varón. La mujer es menos sensual y más afectiva que el hombre y tiende a valorar en mayor medida las cualidades psíquicas que las físicas. Sin embargo, la sensualidad del hombre puede hacerle sentir un "tirón automático" ante la exhibición del cuerpo femenino. Ignorar esta circunstancia lleva a la mujer a menospreciar la sensibilidad del hombre y a colocarse como reclamo erótico.
Quien descubre que es intimidad tiene necesidad de proteger y preservar su propia intimidad de miradas extrañas que se detengan solo en su cuerpo sexuado. Son miradas de deseo e interés, que no reparan en la persona que hay detrás de ese cuerpo, al que valoran como mero objeto de placer.
Poseer intimidad determina que seamos mucho más de lo que aparentamos y precisamente el vestido puede ayudarnos a acomodar nuestra apariencia para que refleje en la mayor medida posible la persona que somos. En este sentido el vestido está al servicio del pudor, que es un velo que cubriendo lo más impersonal, descubre la persona y permite que la atención del otro recaiga sobre el rostro, que refleja mejor nuestra personalidad.
El pudor no se reduce a más o menos metros de tela, depende de la ocasión y de la costumbre del lugar. Una mujer con el pecho descubierto paseando por una ciudad de occidente representa un reclamo sexual a diferencia de lo que ocurre en una tribu africana. Por otra parte, a mayor cultura hay mayor sensibilidad. Cuando no están cubiertas las necesidades primarias de supervivencia y de seguridad, las necesidades sociales y de autorrealización pasan a segundo plano. Somos dueños de nuestra intimidad y la expresamos en la medida que queremos. Pero un velo excesivo como el burka empobrece a la mujer porque la impide expresar su intimidad, es consecuencia de que su persona no le pertenece, pues es posesión del varón.
El vestido invita al diálogo protegiendo la intimidad de miradas objetivadoras. La moda contribuye a que la expresión de la persona sea un arte.
La importancia del atuendo la encontramos ya en Egipto en el año 3000 antes de Cristo, donde la ropa y los ornamentos tenían un significado simbólico que indicaba la pertenencia a una determinada clase social.
El vocablo "la mode" nació en Francia en el siglo XVII como feminización de "le mode", quizá como triunfo del espíritu de la finura sobre la geometría. Hasta el siglo pasado la moda era exclusiva de las clases altas, pero en el periodo de entreguerras surgió el “pret à porter” con la consiguiente democratización de la moda que no logró la pluralidad pretendida sino una homogeneización. Se igualan los productos -todos imitan al más caro- y con la reciente expansión de las franquicias se ofrece lo mismo en todo el mundo, es el fenómeno de la globalización, que tiene también su reflejo en la moda..
Los adolescentes tienden a ir uniformados lo cual es comprensible porque están descubriendo su intimidad y en la búsqueda de su identidad rechazan los modelos impuestos por los adultos y se adhieren a la estética que el grupo les impone para ser aceptados.
He copiado este significativo párrafo de un blog de una joven de 18 años que contesta a la acusación de otro joven de “no ser guay”
“No soy guay por no llevar ropa que cueste más de media hipoteca. Me gusta mi estilo y mi ropa, sin mirar en dónde la compro o qué diseñador ha puesto su nombre en la etiqueta. No me maquillo con 7kg de ordinariez para parecer el tarro del pote en persona, ni me agrando las orejas como los Masais por llevar unos pendientes que hagan polifonía al moverme. Ni me hernio llevando collares, ya habrá tiempo de menguar… ni llevo un tenderete de pulseras en mi brazo, ni me paso 4 horas planchándome el pelo cada día, ni mi nik tiene 16 colores, ni escribo con iconos en el msn. Tampoco utilizo una colonia con esencia a 27 fresas distintas. Ni me enamoro del primer niñato que lleva un polo de Tommy y me susurra 3 poemas de Gil de Bernal al oído. Me enamoro, que no es poco. No soy guay por no tener un cuerpazo 10, ni soy la más guapa del cotarro, ni mi coeficiente supera las dos centenas, ni cosas al estilo. ¡Pero qué feliz soy!”
Esta joven ha descubierto que la moda es naturalidad y sirve para expresar a la persona, pero no es lo habitual.
La moda, como expresión cultural, está sujeta a las leyes de la economía. La crisis ha supuesto un descenso en la venta de la moda más cara, pero paralelamente se ha incrementado las ventas en las franquicias más económicas porque la tendencia a sustituir los objetos es una verdadera patología de la sociedad de consumo, que transforma en deshecho prendas que aún no se han usado. El consumo de moda viene a llenar un vacío espiritual. Desgraciadamente la moda se ha convertido en objeto de consumo. El ritmo de la moda es frenético como corresponde a la sociedad acelerada en que vivimos.
Se acusa a la moda de ser responsable de la desmoralización de la sociedad, pero en realidad no hace más que reflejar la dimensión sexual de nuestra sociedad, que está enferma.
La escritora mejicana Guadalupe Loaeza en su sátira de la sociedad consumista “Compro, luego existo” denuncia: "Para la cultura del mundo actual, lo más importante es la apariencia. La ley de la seducción ha reemplazado para muchas mujeres los mandamientos de una religión. Hoy por hoy, para una mujer occidental nacida en un país evolucionado y perteneciente a una clase privilegiada, el pecado más grande es ser vieja, fea y gorda”.
Los diseñadores proyectan en sus creaciones su idea del hombre, pero cuentan con asesores que realizan predicciones para adelantarse al estilo que va a marcar moda en las próximas temporadas, para crearla. Estudian los récords de ventas y los test de pre-venta y de post-venta como métodos de investigación, valoran la población a que va dirigida y la edad y gustos de los futuros consumidores porque en definitiva la moda es arte, pero también negocio. La calle dicta la moda, los grandes diseñadores se inspiran en las superposiciones de las jóvenes, en su estilo deportivo y recogen su latido, convirtiendo la industria de la moda en una de las más prósperas.
La oferta de moda es hoy tan amplia que la mayoría de la población puede seguirla sin desajustar su presupuesto. Adaptar la moda a la economía de cada uno es signo de inteligencia; un accesorio de moda puede renovar el aspecto de una prenda que por si sola resulte anticuada. La compra de un básico de corte perfecto puede ser un acierto para el presente y una inversión para el futuro, mientras que la adquisición de prendas de temporada que respondan a una moda muy marcada representa un despilfarro.
Shakespeare mantenía que "la moda gasta la ropa más rápidamente que el hombre".
En cualquier caso, la moda es juego, es inspiración personal, es opinión. La forma de vestir depende del sentido estético de cada uno, de la economía, de las costumbres del país y por supuesto de la edad. A más años más hidratantes y menos exceso en el maquillaje y en el vestir.
Hasta ahora nos hemos referido al estilo en sentido genérico, pero el estilo se puede predicar respecto de una persona en concreto para hacer referencia al gusto, a la elegancia. La moda se compra pero el estilo se construye a base de experiencia, de recuerdos, resaltar los puntos fuertes, disimular los defectos.
Hay quien cree que para ser elegante basta con adquirir un costoso vestido de un desfile, sin embargo se expone a convertirse en una máscara, en un personaje simulado. Las pasarelas son teatros de representación donde prima la extravagancia, y ésta se opone a la elegancia, que es sugerente.
Hay prendas elegantes que combinadas con accesorios adecuados permiten “estar elegante”, si a ello añadimos un comportamiento decoroso y buena educación el resultado, sin duda será agradable, pero la elegancia es algo más.
Ricardo Yepes distingue entre compostura y elegancia. La compostura sería la ausencia de fealdad en la figura y conductas personales; incluye la limpieza, buenos modales, moverse de un modo conveniente, corrección al hablar, equivale a las buenas maneras que son, en palabras de Kant, lo que “transforma la animalidad en humanidad”.
Con compostura conseguimos no desentonar, pero la elegancia, si bien presupone la compostura, requiere belleza y ello exige gusto estético, distinguir lo bello de lo zafio, de lo vulgar, tener sentido de la proporción, de la medida, del equilibrio.
Covadonga O’ Shea dice que la elegancia “ quizá sea la suma de tener un mínimo de buen gusto, personalidad, saber estar, saber moverse y saber situarse en el entorno…con clase, con estilo…sin hacer alardes, sin llamar la atención, con un sello muy propio porque la ropa es para la mujer elegante un vestido nunca un disfraz”.
Según Coco Chanel dijo: “La moda tiene que hacer sonreir, no reir”.
Nacer con un físico agraciado, moverse con armonía ayuda a ser elegante, pero es necesario el cultivo del espíritu para merecer ese calificativo. Hace unos días en la Manifestación a favor de la vida del 17 de octubre tuve ocasión de ver de cerca a la cantante Miriam Fernández, que puso el broche final a la Manifestación; su costoso caminar a causa de su discapacidad no restaba elegancia, cada paso que daba para subir las escaleras que conducían al escenario era un soplo de su espíritu. Una persona elegante sabe insertar en su adorno la novedad de la moda sin estridencias con NATURALIDAD y en consonancia con la situación. Ser elegante según Ricardo Yepes es “saber encontrar siempre motivos para expresar la alegría por medio del adorno”. La fiesta es un momento idóneo para adornarse. Acudir a una fiesta con el mismo aspecto que se va a trabajar es una falta de delicadeza con el anfitrión.
Tendemos a identificar elegancia con clasicismo pero la persona elegante aporta su sello personal, su estilo, desafiando la uniformidad. En esta misión puede ser interesante pedir consejo con humildad a los que nos conocen y, por supuesto, a los especialistas en moda. Me parece un acierto comprar en establecimientos que sepan nuestros gustos y nuestras necesidades y realicen previamente una selección para nosotros. ♦